terça-feira, 9 de agosto de 2011

BISONTE-AMERICANO

Bisonte-americanoNome científico: Bison bison

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Bovidae
Género: Bison

Distribuição
O bisonte americano, como o próprio nome indica, era encontrado em quase todo o território da América do Norte. Hoje está limitado a algumas reservas para animais nos Estados Unidos e no Canadá, com especial incidência no Parque Nacional de Yellowstone no Wyoming e no Parque Nacional Wood Buffalo no Canadá.
Existem ainda manadas a viver em semi-liberdade em alguns grandes ranchos americanos, mas estes são propriedade do donos dessas terras.

Os bisontes americanos viviam em grandes manadas, eram respeitados pelos indígenas americanos, já que da sua pele eram feitas as roupas e tendas e a sua carne era a base da dieta destes povos, cada tribo matava apenas os animais estritamente necessários para a sua sobrevivência, mas a chegada dos colonos brancos europeus que matavam animais de forma indiscriminada, quase que levou ao desaparecimento desta espécie. Quando da chegada dos colonos europeus havia mais de 50 milhões de animais a viver em liberdade!

Alimentação
Os bisontes são herbívoros, alimentam-se estritamente de vegetais que encontram no solo.

Estado conservação
Em perigo, embora nos últimos anos o seu número tenha recuperado de algumas centenas para mais de 22.000 animais.

Gestação e maturidade sexual
As fêmeas bisonte atingem a maturidade sexual após os dois anos de idade, o mesmo para os machos, mas estes só acasalam pela primeira vez por volta dos 4 anos, altura em que atingem tamanho e peso que lhes permite enfrentar os animais mais velhos nas disputa pelas fêmeas.
O tempo médio de gestação destes animais ronda os 280/285 dias, nascendo regra geral apenas uma cria que pesa cerca de 15 kg.

Tamanho
Um bisonte macho adulto pode atingir mais de 3,6 metros de comprimento e 1,6 metros de altura e pesar com facilidade mais de 1000 kg.

Longevidade
Os bisontes americanos que vivem em liberdade pode
.m ter uma esperança de vida que ronda 20 a 25 anos, mas em cativeiro, quase podem duplicar esse tempo e viver até aos 40 anos

Alces

AlceNome científico: Alces alces

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Cervidae
Género: Alces
Espécie: A. alces

Distribuição
Os Alces vivem ainda em liberdade em vastos territórios do Norte da Europa, Rússia e China, também no Centro Norte e Norte dos Estados Unidos, Canadá e Alasca.
Regra geral os alces são animais solitários e territoriais.

Estado conservação
Não está abrangido por nenhum estatuto de conservação especial, por o seu número ser abundante e ter crescido nos últimos anos.

Gestação e maturidade sexual
As fêmeas alce atingem a maturidade sexual por volta dos dois anos. O tempo de gestação dura cerca 245/250 dias, altura em que nasce em regra apenas uma cria com um peso que varia entre 10/15 kg.

Tamanho
Os alces adultos podem crescer até cerca de 3 metros e pesar mais de 600 kg.

Longevidade
Os alces podem viver até aos 20 anos, embora em cativeiro haja animais que viveram 22 anos.

ADDAX

Addax
Nome científico: Addax nasomaculatus

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Bovidae
Subfamília: Hippotraginae
Género: Addax
Espécie: A. nasomaculatus

Distribuição
Embora já tenha ocupado um espaço bem mais vasto no território africano, neste momento o Addax está reduzido a algumas zonas na Nigéria, Chade, Norte do Malí, Sul da Mauritânia, Sul da Líbia e alguns territórios do Sudão, onde vivem em grupos de 20/25 animais.

Estado conservação
Vulnerável

GestaçãoA gestação da fêmeas Addax dura cerca de 260 dias, altura que nasce em geral apenas uma cria.

Tamanho
Este animal pode atingir o 1,6 metros de comprimento e pesar 120 kg

Longevidade
O Addax pode viver cerca de 25 anos

LOBO

Lobo
Nome científico: Cannis lupus

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Género: Canis
Espécie: C. lupus

Caracteristicas
Foi a partir do lobo que todos os cães evoluíram.

Actualmente, o lobo possui características marcantes que o separam do cão.

Curioso é o modo como bebem água, enquanto o cão utiliza a língua para trazer a água à boca, o lobo sorve a água como se fosse um aspirador. Algumas pessoas pensam que, em cada ninhada de lobos, um bebe como os cães, sendo depois abandonado pela mãe e afastado do resto da alcateia, e que alguns desses animais terão sobrevivido e dado origem ao cão, posteriormente, ao cão domesticado.

Os lobos vivem em alcateias que podem conter entre 5 e 10 elementos, dependendo do próprio núcleo familiar e da altura do ano.

Os lobos têm duas pelagens distintas, a de Inverno, mais densa, de maior comprimento e de cor acinzentada, que cai no início da Primavera. Nasce então uma pelagem mais curta, que fica até ao início do Inverno, com uma tonalidade de cor mais acastanhada, que lhe confere maior capacidade de camuflagem.

Em todas as alcateias há um líder, que é respeitado pelos demais e que guia todo o grupo pelo seu território.

Distribuição
Existem lobos em toda a Europa, no Norte e Centro da Ásia e na América do Norte.

Em Portugal, não são muitos os sítios onde podem ser encontrados lobos em liberdade. O Nordeste Transmontano talvez seja o local onde mais facilmente poderá ter um encontro com estes belos animais. Também é possível encontrar alguns lobos no Parque Nacional da Peneda Gerês e no Distrito da Guarda, na Serra de Leomil, embora se pense que poderão apenas existir aqui uma ou duas alcateias.

Contudo, em Portugal os lobos estão a atravessar uma fase de declínio e a sua sobrevivência está ameaçada. Este declínio começou com uma caça intensa a esta espécie, e nos últimos anos, tendo a caça sido proibida, surgiram os envenenamentos. Outro factor importante tem sido o facto de cada vez haver menos cervídeos em liberdade e essa era a sua maior fonte de alimento.

Os fogos florestais vão reduzindo o território e o número de presas, e os lobos passam então a ter de se alimentar de gado, sobretudo ovelhas, provocando enormes prejuízos aos pastores, que vêm assim os seus rebanhos dizimados. Apesar de estar contemplado que esses serão monetariamente recompensados pelos danos, o facto de os pagamentos demorarem muito tempo leva a que alguns achem que a única solução é acabar com os lobos nas suas zonas de pasto.

Pensa-se que, em território português, pode haver cerca de 200 lobos, talvez um pouco mais.

Os lobos não são uma ameaça para os humanos, pelo contrário, o Homem é que é um perigo para o lobo. A história do lobo mau não é mais que um velho conto infantil, criado com o objectivo de fazer prevalecer essa ideia.

Peso e esperança de vida
Os lobos, quando adultos, podem atingir cerca de 30 kg de peso e viver cerca de 15 anos. 


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ateus se oferecem para cuidar de animais de estimação dos cristãos após Juízo Final

WASHINGTON — O destino de cães e gatos de estimação após o dia do Juízo Final, que alguns cristãos fundamentalistas garantem que será este sábado, tem sido motivo de preocupação para muitas famílias, mas um grupo de empresários ateus dos Estados Unidos oferece a solução.
Em 26 dos 50 estados americanos, os empreendedores abriram um negócio que oferece serviços de resgate e adoção dos animais dos cristãos que forem selecionados para subir aos céus, quando Jesus os chamar ao seu lado.
"Você prometeu a vida a Jesus. Agora, está salvo. Mas quando chegar o êxtase, o que acontecerá com seus amados bichos de estimação que deixará para trás?", questiona o site da internet da companhia Eternal Earth-Bound Pets, que oferece aos cristãos "tirar-lhes esta preocupação da cabeça".
O serviço de resgate de bichos de estimação já tem 259 clientes, que pagaram 135 dólares para o primeiro animal e US$ 20 adicionais pelo segundo no mesmo endereço. A empresa garante que o animal terá companhia, cuidados e amor, apesar de seus donos cristãos terem ido para o céu.
Todos os integrantes das equipes de resgate são ateus convictos, o que significa que ficarão definitivamente na Terra, dedicados a recolher os animais depois deste dia.
Quando vier o dia do Juízo Final, o co-fundador da empresa Bart Centre "notificará todos os socorristas para que entrem em ação".
"Isto ocorrerá só se acontecer. Ou seja, não temos previsto fazer nada se não acontecer nada no sábado", explicou uma fonte da Bart Centre à AFP.
Os contratos são válidos por 10 anos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Após cheia histórica, animais silvestres morrem no Pantanal

Do Globo Natureza, com informações do Bom Dia Brasil
Foto: ReproduçãoApós cheia histórica, animais silvestres morrem no Pantanal
Animais silvestres no Pantanal de Mato Grosso do Sul procuram refúgio em poucas áreas que permaneceram secas após uma cheia que isolou sedes de fazendas e prejudica a retirada de rebanhos por caminhões boiadeiros.

A cheia atingiu a estrada parque, um corredor turístico e rota comum de pecuaristas. “Está ficando complicado, todo mundo está indo embora. Não tem mais o que fazer”, diz o pecuarista Marcos Wanderley. “De um dia para o outro se nota, mais ou menos, um palmo de altura acima do aterro”.

Um trecho da estrada mais parece a correnteza de um rio. A via, que tem 130 quilômetros, está com um trecho de 70 quilômetros interditado. Pontes foram levadas pela força da água.

A situação da estrada dificulta a retirada de gado. “A situação está muito difícil. É muita água, as pontes não dão condições para trabalhar. Essa época é um sofrimento”, conta o caminhoneiro Antonio Carlos de Queiroz.

Do outro lado do rio, caminhões estão cheios de bois debilitados. Um bezerro fraco é pisoteado por outros animais em um dos caminhões. “O estado do gado que estamos transportando é fraco porque está preso, sem comer”, diz o caminhoneiro Paulino Campos.

Alguns animais nadam sem rumo, buscando um pedaço de terra seca para se abrigar. Outros não resistiram à falta de comida e morreram. “É terrível. Uma coisa que os próprios pantaneiros nunca viram igua. Animais morrendo, pessoas ilhadas sem terem condições de se mover”, diz o pecuarista Catarino Gimenez.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Criação de Hampster


Introdução O hamster é originário da Síria e só chegou ao Brasil em 1960. Durante muitos anos serviu apenas de cobaia. O animalzinho dorme durante todo o dia e acorda somente ao anoitecer ficando, nesse período, muito ativo. Apesar de ser parente dos ratos, é manso e muito higiênico, sendo considerado bem-humorado e gosta muito de brincar, exceto quando ameaçado, quando reage com violência.

Muita gente no Brasil não o conhece e, provavelmente, para a maioria das pessoas que já o viram, ele não passa de um simples ratinho. Mas, quem convive com esse pequenino e frágil roedor, consegue ver nele encantos e qualidades comuns aos mais populares animais domésticos de estimação. Apesar de ser conhecido como esquilinho do Líbano, o hamster dourado (Mesocricetos auratus auratus) é originário da Síria onde Aharoni, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, capturou uma fêmea acompanhada de uma dúzia de filhotes, em Alepo, levando-os para o laboratório, introduzindo a espécie no Ocidente, através dos Estados Unidos e Europa, onde se adaptou, se aclimatou e se proliferou facilmente. Daí começou a criação do hamster para fins experimentais.
No Brasil não se sabe ao certo o dia e o local de seu desembarque. Registros extra-oficiais dão conta de que os primeiros exemplares foram trazidos para cá por um imigrante alemão que, por volta de 1960, doou sua criação ao Instituto Biológico, órgão mantido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Por aqui, durante cerca de duas décadas, o interesse pelo hamster ficou restrito às salas dos laboratórios, onde serve como cobaia para experimentações científicas. Antes considerado uma praga de lavouras, onde constrói sua toca em galerias com uma profundidade de 40 a 80 centímetros, como faz o furão brasileiro, somente no início dos anos 80 é que conquistou seus primeiros fãs entre a população em geral, atraindo a atenção e simpatia, especialmente da criançada. Cada toca abriga apenas um animal e é abandonada quando a fêmea termina de criar os filhotes, ocasião em que constrói outra.
Não se tem notícia de exemplares dourados de vida livre, à solta na natureza, nos países ocidentais. Nessas condições, existem apenas os comuns, conhecidos como hamsters europeus. Todos os dourados que existem são descendentes daquela única família capturada por Aharoni. De vida noturna (notívagos) também podem se locomover durante o dia, saindo do ninho, mas evitando o sol; vivem bem em ambientes fechados (casas e apartamentos, em cativeiro), passando todo o dia dormindo ou sonolentos, despertando somente ao anoitecer. A sua principal característica física são as bolsas internas existentes uma em cada lado do pescoço, usadas em geral para armazenar alimentos que, quando cheias, assemelham-se a grandes bochechas peludas, agindo assim desde a mais tenra idade (desde os vinte dias já se preocupam em guardar o que comem). Os jovens desmamados e entregues à própria sorte entram logo em plena atividade, procurando armazenar o que comer. Muito fortes, são capazes de transportar para a toca alimentos de grande volume em relação ao seu tamanho, danificando lavouras de trigo, centeio, ervilha e toda a sorte de cereais. Na natureza, é daninho como o rato do campo.


CLASSIFICAÇÃO

Mais da metade das espécies de animais mamíferos existentes pertencem à ordem Rodentia (roedores) e, entre elas, está o hamster, que faz parte da família dos cricetídeos. O hamster comum (europeu), do gênero Cricetus, tem um pequeno e grosso rabo e cresce até 30 centímetros; entretanto, ainda é selvagem e não é conhecido no Brasil. Já o hamster dourado (sírio) foi descrito em 1839 por Waterhouse. Manso e de hábitos solitários, é o único domesticado até agora, pertence ao gênero Mesocricetus, é da espécie auratus, cresce em média de 15 a 18 centímetros, pesa de 85 a 130 gramas e tem apenas um vestígio de rabo. Alguns pesquisadores classificam o animal como irritadiço, de gênio violento e combativo quando ameaçado, brigando uns com os outros, ocasionando mortes em conseqüência dessas lutas e, ainda, canibais, onde as mães podem devorar os filhotes ao nascerem, se lhes faltar uma dieta alimentar adequada. São muito inteligentes. Por qualquer provocação colocam-se em atitude de defesa, sentados sobre as patas traseiras com as dianteiras distendidas, saltando sobre o agressor ao menor gesto, não importando o seu tamanho ou aspecto, por mais amedrontador que lhes possa parecer. Nessas ocasiões, cravam os dentes com muita rapidez. Sua mordedura é dolorosa e grave, dilacera os tecidos, tornando-se, assim, perigosa fonte de infecção. Por esse motivo, mesmo que não se apresentem zangados, é cauteloso manipular os animais com delicadeza e sem movimentos bruscos.
Em geral, os hamsters dourados, curiosamente, são castanhos na face dorsal, na face ventral são cinzento-claros com manchas brancas e, dentro das raças mais comuns – albino, libanês e angorá – as cores podem variar desde o branco, passando pelo champanhe e creme, até a mistura que vai dar em malhados, cintados e tricolores. Estes últimos são os mais criados no Brasil. Têm orelhas pequenas e olhos escuros muito vivos (exceto os albinos, que possuem olhos vermelhos).


COMO CRIAR

Para criar hamsters, é preciso delicadeza e paciência. Essa é a primeira dica dos grande criadores, que costumam vendê-los em lojas de animais e feiras livres, e dão outras aos futuros criadores:
- de manhã, a tarefa é limpar e desinfetar as gaiolas, tirando a maravalha (pó-de-serra) e as tirinhas de jornal molhadas de urina, remover os restos de alimentos dos comedouros, colocar ração nova e trocar a água dos bebedouros, sendo o principal cuidado procurar não mexer nos animais para que eles não acordem e, se isso acontecer, fazer movimentos suaves para evitar que eles despertem demais e acabem ficando estressados;
- a maior parte dos tratos deve ser feita a noitinha, quando os hamsters entram em atividade. É hora de desmamar os filhotes com 21 dias de vida, separar por sexo aqueles com cinco semanas de idade para evitar o cruzamento consangüíneo (acasalamento entre animais “parentes”), e escolher os casais para o acasalamento – recomendando-se, para isso, o uso de um livro de registros;
- se a fêmea, levada à gaiola do macho para ser coberta, brigar com o parceiro, é sinal de que ela ainda não está no cio, devendo ser separada dele imediatamente, sob o risco de serem provocadas ferimentos em ambos. No dia seguinte, faz-se uma nova tentativa. Decorridos 10 dias, apalpando-se o ventre da fêmea, é possível saber se foi fecundada e, então, ela deve voltar para sua gaiola. Nunca deve se deixar qualquer macho entrar em contato com a fêmea que estiver prestes a dar à luz, pois o estresse pode provocar a antecipação da cria;
- a ração balanceada, própria para hamsters, deve ser enriquecida com sementes de girassol, milho, lentilha e ervilha – deve-se evitar rações que contenham amendoim, porque este é propenso a fungos e pode matar criações inteiras;
- quanto às instalações, o importante é manter a temperatura ambiente a 20º e a umidade do ar entre 40 e 70%, controlando-se a quantidade de luz solar direta;
- os hamsters são exigentes quanto às condições sanitárias e sensíveis à falta de vitamina E.


COMPORTAMENTO

Quando se fala em reprodução, nenhum outro mamífero vence as fêmeas hamsters. Elas são campeãs em rapidez, ganhando até das coelhas. Seus filhotes nascem, em média, dos 16 aos 19 dias de gestação e costumam ser mais de sete por ninhada. Seu ciclo sexual dura de três a vinte e quatro horas e a primeira procriação pode ocorrer a partir de seis semanas para a fêmea, e três meses para o macho, fertilidade essa que diminui no inverno e aumenta na primavera. As glândulas mamárias estão dispostas em duas fileiras, localizando-se no tórax e abdômen, em número de seis a sete mamas de cada lado.
Como o sistema de criação mais comum é o individual, onde cada animal tem sua gaiola, a fêmea deve ser levada ao macho para que ela permita a cobertura com mais facilidade. E, quando nascem as crias, todo cuidado é pouco pois, se houver barulho, se faltar água na gaiola ou se alguém mexer muito no ninho, a fêmea pode ferir mortalmente os filhotes maiores ou comer os pequeninos. Nesse caso, primeiro ela os guarda em suas bolsas laterais mas, caso continue a se sentir ameaçada, ela os engole. Nascem com os olhos fechados, sem pêlos, de pele rosada, quase transparentes, escurecem no fim de dois dias, aparecendo os pêlos aos cinco dias de idade, e pesam, em geral, pouco mais de dois gramas.
Apesar do parentesco com os ratos, o hamster dourado é considerado um bicho muito higiênico e organizado. No pequeno espaço da gaiola, ele demarca o local de dormir, de urinar e de comer. O comportamento de carregar alimentos por meio das bolsas, e depositá-los nos cantos da gaiola e dentro do ninho, é tido como um hábito inato, presente na memória da espécie, e justificável pela necessidade de se precaver contra a escassez alimentar durante os invernos rigorosos em seu país de origem. Esses hábitos pouco comuns e a vida notívaga, não fazem do hamster um bicho mal-humorado em situações normais; pelo contrário, ele é bastante brincalhão. Por isso, em toda gaiola deve estar presente a “roda gigante”, para que ele possa se divertir e, de quebra, fazer exercícios. Entretanto, esse brinquedo, se mal feito, com hastes muito separadas umas das outras, torna-se um perigoso inimigo dos bichinhos, pois pode causar a quebra de suas patas e pernas, caso essas fiquem presas entre duas hastes enquanto a roda gira. Fatalmente, isso acometerá na sua morte. Outro problema que ela pode causar é o pêlo se enroscar em seu mecanismo, prendendo o animal, causando lesões subcutâneas sérias e de difícil diagnóstico. Caso isso venha a acontecer, o mais correto é, com as mãos enluvadas (para evitar os dentes do bichinho, que estará nervoso) e utilizando-se uma tesoura, cortar os pêlos que se enroscaram, liberando-o. Outros modelos de gaiolas, grandes e com partes em acrílico transparente, simulam tubos, corredores, labirintos, casinhas, túneis, por onde os animaizinhos passeiam. Esses ornamentos costumam ser utilizados em vitrines e exposições e, sempre, são alvo preferido da atenção de adultos e crianças que se deliciam em observar as suas peripécias.
Os hamsters estão sujeitos a várias doenças, figurando entre as mais comuns a pneumonia, tifo, oftalmia, abscessos, úlceras, gangrena na língua, adenite, além de duas consideradas as mais importantes: meningoencefalite (cabeça torcida para o lado; quando de pé, gira constantemente e, para locomover-se, rola o corpo) e mielite (membros inferiores distendidos, sem a menor ação; o animal locomove-se com grande dificuldade, arrastando a parte posterior do corpo). essas afecções, que localizam-se no sistema nervoso, podem trazer confusão para o leigo, à primeira vista, e podem ser confundidos com os sintomas da raiva. São os casos mais graves, e é aconselhável isolar os animais que apresentarem esses sintomas, tanto dos outros membros do plantel, como do contato humano.

COMO MANTER E CRIAR COELHOS


Alimentação: ração peletizada, específica para Coelhos. Oferecer diariamente folhas de alguns dos seguintes vegetais: beterraba, rabanete, chicória, almeirão e couve-flor. Não dê alface, pois pode causar diarréia.
Instalações: gaiola de 80 cm (comp.) x 50 cm (larg.) x 35 cm (alt.) para abrigar até dois exemplares de Coelhos pequenos ou médios ou apenas um gigante. Prefira as gaiolas de metal, pois são mais fáceis de limpar e menos sujeitas à proliferação de ácaros. Opte por modelos que possuam grade como piso e bandeja abaixo. Assim, evita-se o contato do Coelho com seus próprios dejetos. Forre a bandeja com jornal.Local: arejado, mas sem correntes de ar, umidade ou incidência direta do sol.Acessórios: comedouros e bebedouro de cerâmica.Higiene: diariamente - lavar o bebedouro em água corrente e trocar o jornal da bandeja. Semalmente: lavar os comedouros em água corrente (seque-os bem). Quinzenalmente - desinfetar as hastes da gaiola, assim como o seu piso e badeja. Pode-se usar produtos específicos para essa finalidade, que são achados em pet shops, ou água sanitária.
Cuidados especiais:
1) Coelho não toma banho e nem deve ser molhado, pois provavelmente algum fungo se desenvolverá.
2) Só deixe macho junto com fêmea quando quiser que reproduzam. Do contrário, ele tentará acasalar o tempo todo, e o casal pode brigar ou se reproduzir em demasia.
3) Caso, em alguns momentos do dia, o Coelho seja solto dentro de casa ou no jardim, fique atento para que não roa objetos ou plantas.
4) Não carregue o Coelho pelas orelhas, pois pode causar distensões ou mesmo fraturas.
Reprodução: o recomendado é que o macho só comece a reproduzir a partir dos cinco meses de idade e a fêmea a partir dos quatro. Os Coelhos reproduzem o ano todo, mas a fase mais fértil ocorre na primavera. Reúna macho e fêmea em uma mesma gaiola. Eles devem acasalar quase instantaneamente. Mas, por garantia, deixe-os juntos por dois dias e, depois, separe-os. Ela dará a cria em cerca de 30 dias. Alguns dias antes de os filhotes nascerem, coloque na gaiola um ninho de madeira de 30 cm (compr.) x 40 cm (larg.) x 30 cm (alt.), com abertura de entrada de 15 cm de diâmetro. Forre-o com maravalha, ou palha, ou feno macio. Não use serragem em pó nem em fita, pois pode causar conjuntivite e problemas respiratórios. Nascem, em média, sete filhotes. Após o nascimento, verifique o ninho diariamente para checar se todos os filhotes estão vivos e juntinhos um ao outro, para que se esquentem. Caso não estejam, o melhor é reuni-los. Quando estiverem com 30 dias de idade, retire o ninho. Aos 40 dias de vida, já estarão desmamados e podem ser separados da mãe. Ela também já estará pronta para uma nova gestação.

Criação de Rãs



APRESENTAÇÃO. A ranicultura se iniciou no Brasil na década de 30, quando um técnico Canadense trouxe alguns casais da ra Touro Gigante de seu país e iniciou a criação no Estado do Rio de Janeiro. Desde então muita coisa se modificou, sendo que o Brasil foi o pioneiro na criação racional de rãs.

MERCADO. O mercado potencial é de cerca de três vezes superior à oferta, um dos fatores limitantes desse mercado é o preço que o produto tem chegado aos pontos de venda.
Dados mais recentes estimam a produção brasileira em torno de 400 toneladas anuais, portanto, um mercado ainda em franca expansão.

LOCALIZAÇÃO. Terreno próximo aos centros consumidores e pouco acidentado, variando seu tamanho de acordo com a produção almejada (tamanho médio 500 a 1000 m2). Locais com a temperatura ambiente mais elevada são recomendados, pois as rãs são animais ectotérmicos, adaptando sua temperatura corporal ao ambiente. Em outras palavras “quanto mais quente melhor”.

ESTRUTURA. Devido a várias características apresentadas pela Rã em cada fase de vida, exige instalações e manejos diferenciados. Existem portanto, em um ranário comercial diversos setores como:
- Reprodução;
- Embriologia;
- Girinagem;
- Metamorfose e Engorda.
O setor de Engorda representa cerca de 70% das instalações em um ranário.
Para os setores de reprodução e engorda são necessárias áreas secas com cochos e abrigos e uma área com piscina. As outras fases são exclusivamente aquáticas.
Todos os tanques são construídos em alvenaria com cobertura de sombrite 50% e ficam sob estufas agrícolas, como foi mencionado anteriormente. Dessa forma promove-se um aumento da temperatura ambiente, permitindo assim um desenvolvimento mais rápido dos animais.

EQUIPAMENTOS. Os equipamentos básicos são: bombas áquaticas, comedouros, telas, equipamentos veterinários e etc.

INVESTIMENTO. O investimento irá variar de acordo com a: região em que se irá trabalhar, a capacidade de gerenciamento de um negócio, as condições inerentes a cada empreendimento, entre outros.

PESSOAL. Irá variar de acordo com a estrutura do empreendimento.

RÃ. A rã possui características biológicas e fisiológicas bem distintas dos animais comumente criados. O seu ciclo de vida compreende uma fase exclusivamente aquática, onde recebem o nome de girinos, e outra terrestre (rã propriamente dita), porém com extrema dependência da água.

ALGUMAS ESPÉCIES. São várias as espécies de rãs, pode-se destacar algumas, tais como: a Rã-Touro, Rã-Pimenta, Rã-Manteiga ou Paulistinha, dentre estas citadas a mais indicada para a criação em cativeiro é a Rã-Touro Gigante, devido as suas características zootécnicas como precocidade, prolificidade e rusticidade.

RÃ-TOURO GIGANTE. Também conhecida como rã mugidora e bulfrog americana (Rana catesbeiana, Shaw), é originária das proximidades das montanhas rochosas na América do Norte. A coloração de pele é entre verde-claro e cinza-escuro. É considerada a terceira maior do mundo em tamanho, chegando aos 30 cm de comprimento total (desde o focinho às patas traseiras) e 2,5 kg de peso. A rã-touro vive no máximo 16 anos e sua capacidade reprodutiva é de aproximadamente 10 anos. No Brasil as pesquisas com criação de Rãs-Touro tiveram início no na década de 70.

REPRODUÇÃO. A rã tem uma extraordinároia capacidade de reprodução, porém, se faz importante promover uma contínua melhoria nas condições do plantel.
Não é difícil identificar o sexo de uma rã. A presença de testículos nos machos e ovários nas fêmeas é a característica sexual primária das rãs. Mas, para identificar o sexo dos animais, observe as características secundárias como: tamanho (os machos são menores), diâmetro do ouvido em relação ao do olho e coloração do papo. Quando a rã atinge a sua maturidade sexual, ou seja, está apta para o acasalamento, estas características são visíveis.
Para atingir a maturidade sexual, as rãs sofrem certas influências como: clima, chuva, pressão atmosférica, temperatura, fotoperíodo (tempo de exposição à luz). Estes são os fatores primordiais que atuam no seu processo de maturação do aparelho reprodutor.
As rãs se reproduzem por acasalamento com fecundação externa, ou seja, o esperma é lançado sobre os óvulos, diretamente na água.
O processo inicia-se com o coaxar dos machos, visando a atração das fêmeas; para a desova procuram águas limpas, rasas, calmas e tépidas.
A pressão exercida pelo macho, durante o abraço nupcial, auxilia a fêmea na expulsão dos óvulos. Simultaneamente os machos lançam seu esperma fecundando-os à medida em que são expelidos. Os ovos mantêm-se unidos por uma substância gelatinosa e transparente. A função desta substância é auxiliá-los a flutuar na superfície da água, dar-lhes proteção mecânica e térmica e contra-ataques dos inimigos.
Os embriões (larvas) eclodem 3 a 5 dias após a fecundação. Têm cor negra e nutrem-se do saco vitelino. Depois do décimo dia, aproximadamente, passam a se alimentar do plâncton existente na água e de ração. Em seguida, começam a nadar. Nesta etapa já possuem boca formada.
Nas primeiras semanas ficam no fundo dos tanques, subindo à superfície em grupos para se alimentar. Quando alcançam determinado tamanho, os girinos começam a se metamorfosear, transformando-se em imago e adquirindo hábitos terrestres.

DENSIDADE. A densidade recomendada no setor de reprodução é de 3 animais/m2 , e no setor de engorda, é de 50 rãs/m2. Quanto aos girinos a densidade para a transformação é de 1 girino/litro d’água, e quando se deseja reter o processo de metamorfose essa deve ser de até 20 girinos/litro d’água (estocagem), conforme seu tamanho.
O tempo que o animal leva desde a fase de ovo até o peso de abate é em média de 7 meses e varia conforme a temperatura, manejo, alimentação e potencial genético. Destes 7 meses apenas 4 meses são relativos à engorda propriamente dita, sendo que os 3 meses iniciais são relativos ao tempo em que ocorre a eclosão dos ovos de onde saem os girinos que crescem e sofrem a metamorfose. Esses últimos sofrem diversas transformações internas e externas até se transformarem em rãs jovens.

ALIMENTAÇÃO. Para os girinos em processo de metamorfose recomenda-se administrar ração para trutas ou rãs (aproximadamente 40% de Proteína Bruta) na forma farelada, na quantidade de 10% do seu peso vivo por dia (1O mês), relação essa que deve ser diminuída para 5% e 2% nos meses subsequentes.
Já para as rãs, a ração a ser ofertada (também com aproximadamente 40% de PB), deve ser peletizada e acrescida de inicialmente 20% de larvas de dípteros.A ração pode ser oferecida também sobre cochos vibratórios, ou oferecida a lanço diretamente sobre a água com acontece em um sistema conhecido como "inundado".

MELHORAMENTO DA ESPÉCIE. Para obter-se um melhoramento da espécie em ranicultura, há dois principais caminhos:
Melhoramento das condições ambientais. Esta ligado a melhoramentos na alimentação, sanidade, construção, etc. Pode conduzir a um rápido retorno, mas precisa ser sempre renovado.
Melhoramento genético. É um trabalho mais a longo prazo, com gastos elevados, porém, benefícios permanentes. Este trabalho em geral é promovido e patrocinado por institutos e centros de pesquisa. Os animais são escolhidos dentro do padrão de produção desejado. Devem ser sadios, fecundos, resistentes a doenças e apresentar um bom crescimento, de forma a induzir uma melhoria na criação. A seleção é feita ao longo de todo o ciclo de vida do animal.
É válido lembrar que o campo da genética aplicada à ranicultura é amplo, mas infelizmente ainda pouco explorado. Assim sendo, recomenda-se que o próprio ranicultor desenvolva a melhoria do seu plantel, através de seleção. Esta seleção consiste em escolher os melhores animais dentro de uma população e acasalá-los entre si.

ESTRUTURA DE PRODUÇÃO. É distribuída por setores, que são:
O Setor de Reprodução. É constituído de duas áreas distintas: as baias de mantença e as de acasalamento. Na primeira, as rãs reprodutoras são mantidas confortavelmente durante todo o ano, sendo transferidas para as baias de acasalamento quando o ranicultor necessita de desovas. Essas baias de acasalamento podem ser para apenas um casal de cada vez (individualizadas), ou para vários casais (baias coletivas). Após a reprodução, a desova é transferida para o setor de girinos, e o casal retorna para a baia de mantença. Apesar dessa baia ser semelhante às do setor de recria, seus elementos básicos estão em número e dimensões proporcionais ao porte dos reprodutores, que são alojados em uma densidade bem inferior.
O Setor de Girinos. É formado por um conjunto de tanques, construidos em tamanho e número proporcional ao porte do empreendimento. A desova é depositada em uma incubadeira, onde ocorrerá o desenvolvimento embrionário até a saída das larvas, as quais, decorridos alguns dias, darão origem aos girinos propriamente ditos. Nos tanques, os animais vão se desenvolver até a metamorfose.
O Setor de Recria. Constituído de baias de recria inicial e baias de terminação. Essas baias consistem de abrigos, cochos e piscinas dispostos linearmente e adequados ao tamanho dos animais.
Baias de Recria Inicial. Recebem os imagos após a metamorfose, oriundos ou não de uma mesma desova. Quando as rãs alojadas nessas baias alcançam de 30 a 40 g, são triadas e transferidas para as baias de crescimento e terminação.
Baias de Crescimento e Terminação. São destinadas a receberem lotes uniformes de rãs oriundas das baias de recria inicial, onde permanecem até atingirem o peso de abate. Nesse momento, são enviadas para a industria de abate e processamento.

FASES DA CRIAÇÃO. São as seguintes:
1º Fase: Inicia-se no setor de reprodução, onde as rãs reprodutoras são mantidas confortavelmente durante todo o ano, sendo transferidas para as baias de acasalamento quando o ranicultor necessita de desovas. Após a reprodução, a desova é transferida para o setor de girinos.
2º Fase: No setor de girinos, os girinos são depositados em uma incubadeira, onde ocorrerá o desenvolvimento embrionário até a saída das larvas, as quais, decorridos alguns dias, darão origem aos girinos propriamente ditos. Nos tanques, os animais vão se desenvolver até a metamorfose (imagos).
3º Fase: Os imagos são transferidos para o setor de recria, onde são abrigados nas baias de recria inicial, nestas ficam alojados até alcançarem de 30 a 40 g (rãs), são triadas e transferidas para as baias de crescimento e terminação, onde permanecerão até atingirem o peso de abate. Nesse momento, são enviadas para a industria de abate e processamento.

CLIENTES. Os principais compradores são: supermercados, butiques de carne e restaurantes. No caso de supermercados, somente os produtores com oferta regular e com grande volume têm condições de atender a esse segmento.

LEMBRETES IMPORTANTES. Alguns fatores que devem ser lembrados pelo empreendedor, para que obtenha sucesso no empreendimento:
- O que determina o sucesso do empreendimento não está apenas no potencial do mercado do produto, mas sim na forma como o negócio é gerenciado e na perseverança do empreendedor;
- Antes de implantar o negócio, é importante que seja feito um levantamento de mercado e um bom planejamento das atividades.

OBS. No Brasil, em um ranário, um reprodutor permanece de 4 a 5 anos, em média, e as rãs destinadas ao abate cerca de sete meses a um ano.

NOTÍCIAS
RÃS VIRAM ATÉ JÓIA PARA GERAR MAIS RECEITA
Embutidos - mortadela e salsicha -, empanados, bolsas, cintos, jóias e até material cirúrgico. Essas são algumas das soluções encontradas pela Cooperativa dos Ranicultores do Vale do Paraíba (CoorãVap), única do gênero no Estado de São Paulo, sediada em Tremembé, para aumentar a rentabilidade da atividade que esbarra no baixo consumo desse tipo de proteína animal no País.
Com a produção nacional estimada em 800 toneladas por ano, a atividade movimenta algo em torno de R$ 6 milhões.
Criada em 1999, a CoorãVap, é apontada como a maior cooperativa do País, com mais de 100 associados e um abate diário em torno de 10 mil rãs. Cerca de 70% mantêm criadouros instalados no Vale do Paraíba. A cooperativa recebe também os anfíbios de outras cidades paulistas e sul de Minas Gerais.
O novo produto desta vez é a linha de embutidos que está sendo desenvolvida em parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), de Campinas.
A previsão é que o produto esteja disponível até o final do ano e seja voltado para o segmento de merenda escolar.
Segundo o diretor administrativo da cooperativa, Vitório Cassiano Filho, ampliar o consumo de rã no Brasil é um desafio. “Não temos a cultura de consumir esse tipo de proteína animal. Hoje, nossa faixa de consumidores tem entre 40 e 50 anos. Por isso a idéia da merenda escolar é atraente”.
Outra novidade no setor de carnes lançada pela cooperativa em conjunto com a empresa paulistana Fênix foi uma linha de empanados à base de rã.
Um dos grandes diferenciais dos derivados de carne de rã é o apelo "light". Classificada como pescado, a carne de rã é uma das fontes menos gordurosas de proteína animal e possui excepcional valor biológico. Dados do Laboratório Experimental do Departamento de Nutrição e Saúde apontam que em 100 gramas de carne de rã há 60 calorias, enquanto que nas carnes de porco, galinha e bovina há 181, 111 e 149 calorias, respectivamente.
Por ser pobre em gorduras é indicada para problemas cardiovasculares e contribui para melhorar o nível de resistência.
Outra aplicação da rã ligada ao setor de saúde é a utilização das peles no tratamentos de queimados, como enxerto.
Uma das principais vantagens da utilização da queratina em lâmina extraída da pele de rã é o melhor resultado obtido na recomposição da pele. A queratina tem uma sequência de aminoácidos idêntica à pele humana e, por ser translúcida, deixa passar luz, facilitando a recomposição da pele. Outra é o preço final, que em média é dez vezes inferior a material similar importado.
Por meio de uma parceria com a unidade regional do Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a CoorãVap iniciou um projeto-piloto de confecção de artigos com pele de rã que se transforma em coleções de moda, material de escritório e até mesmo emjóias. Já foram desenvolvidos mais de 70 artigos voltados para o universo da moda.
A previsão é que, a partir de maio, sejam iniciados os embarques das peles para a Europa, a começar por Portugal. Já foram desenvolvidos mais de 70 artigos como bolsas, sandálias, cintos, carteiras e pastas.
Fonte: Diário do comércio e indústria, 03/04/2002
Legislação Específica
Torna-se necessário tomar algumas providências, para a abertura do empreendimento, tais como:
- Registro na Junta Comercial;
- Registro na Secretária da Receita Federal;
- Registro na Secretária da Fazenda;
- Registro na Prefeitura do Município;
- Registro no INSS;(Somente quando não tem o CNPJ – Pessoa autônoma – Receita Federal)
- Registro no Sindicato Patronal;
- Registro de Aquicultor;
- Licença Ambiental (SEAMA).

O novo empresário deve procurar a prefeitura da cidade onde pretende montar seu empreendimento para obter informações quanto às instalações físicas da empresa (com relação a localização),e também o Alvará de Funcionamento.
Além disso, deve consultar o PROCON para adequar seus produtos às especificações do Código de Defesa do Consumidor (LEI Nº 8.078 DE 11.09.1990).
No caso do Registro de Aquicultor, deverá ser feito o pedido na Federação da Agricultura Estadual, que enviará ao DPA - DEPARTAMENTO DE PESCA E AQÜICULTURA (Orgão do Ministério da Agricultura).
Na comercialização do produto processado (carne), o empresário deverá informar-se a respeito dos registros necessários para sua legalização.
Comercialização:
Em Nível Municipal. No município onde está instalado, basta efetuar o registro na Vigilância Sanitária Municipal (quando houver);
Em Nível Nacional. O registro deverá ser feito no SIF - Serviço de Inspeção Federal. O órgão responsável no Espírito Santo é o Ministério da Agricultura.
Outras legislações:
PORTARIA IBAMA 136/98. Estabelece normas para registro de Aqüicultor e Pesque-pague no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.