terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Nutrição de Cães e Gatos


Esta apostila foi desenvolvida com a finalidade precípua de orientar e esclarecer dúvidas sobre a nutrição de animais domésticos de pequeno porte.
Traz conceitos inéditos e até então pouco divulgados, que visam como qualquer área da zootecnia, o estudo e o aperfeiçoamento do animal doméstico, aliado a alta produtividade e lucro.
Embora traga conceitos técnicos, narrando dentre outras coisas, as últimas descobertas e os avanços da nutrição animal, procuramos transmitir numa linguagem acessível e de fácil assimilação, que deve, com efeito, oferecer o aporte necessário para os profissionais ou entusiastas da área traçarem o arraçoamento útil que o indivíduo necessita, não só para manter-se vivo, mas sim para ser saudável, vigoroso e feliz. Mesmo porque, não estaremos tratando de generalidades, ou ficção, ou ainda dados estatísticos que na realidade expressam um cão ou gato, tido como " média ideal " que sempre será mais alto, mais baixo, mais gordo, mais magro, mais flácido ou mais ou menos isso ou aquilo, do que o seu animal de estimação ou que o de seu cliente jamais será.
Esta é uma apostila para quem se preocupa com a qualidade de vida de cães e gatos, que além de domésticos, são um conjunto de genótipo e fenótipo personalizados, e não um número de dados estatísticos.
Levaremos em conta, uma gama de fatores analisados holisticamente. Pois de nada adiantaria ter-se uma ração importada excelente se ela não visa alimentar o indivíduo de modo compatível ao nosso clima e condições. Lembrando ainda que o modo de criação, isto é, o manejo dado ao animal, influi diretamente na vida útil deste indivíduo e cuidados básicos como controle sanitário, análise de gostos e tendências do mercado, planejamento de criação e vendas, e aprimoramento genético são detalhes que vem somente tornar viável a boa nutrição, pois a boa genética, sem manejo adequado e subnutrição, é sinal de prejuízo certeiro, tendo em vista que aumentam despesas, sem levar em conta o aumento da taxa de mortalidade, que se traduz em perdas financeiras e emocionais aos criadores.
Esta apostila, busca combinar conhecimentos para explicar as inter-relações confusas que frequentemente se faz, entre o sinergismo dos nutrientes (proteínas, aminoácidos, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais e água), na tentativa de eliminar os conceitos errôneos oriundos das generalizações. Ao utilizar esta apostila, talvez você descubra que as necessidades nutricionais dos animais encaixam-se em diversas categorias diferentes. As recomendações aqui relatadas, não têm caráter prescritivo, não obstante, bem podem ser usados como programas flexíveis, lançando-se sempre mão do bom senso para lhe inspirar as adaptações necessárias a cada caso.
Esperamos fornecer informações que contribuam para a melhoria do bem estar geral do animal doméstico, este sim, nosso verdadeiro cliente.
ZOOTEKNA -Pesquisa & Nutrição Animal
Cesar Augusto A. Cezar
(Nutrólogo, Zootéc. e Agronomo)
O CÃO É CARNÍVORO OU ONÍVORO?
Um Mundo de diferenças existe no modo de alimentar um animal herbívoro (com enzimas orientadas para uma eficiente digestão de matérias vegetais, como o coelho, o cavalo, etc.), um onívoro (com enzimas orientadas para uma eficiente digestão de matérias vegetais ou animais, como o porco o frango, etc.) e um carnívoro (com enzimas digestivas predominantes para digestão de matérias de origem animal, com fraca ação amilolítica, isto é, sem capacidade de digestão de vegetais).
Se o alimentarmos da maneira errada poderemos criar deficiências generalizadas de importantes macros e micros nutrientes essenciais àquela espécie.
Este livreto dá uma sugestão sobre como alimentar o seu animal de estimação de modo a evitar privações nutricionais.
Verdadeiramente o cão é um ser carnívoro, e deve ser alimentado de acordo com essa classificação, e este é um fato científico, e não uma propaganda industrial que geralmente prega o contrário.
Como todos sabem os carnívoros ocupam o topo da cadeia alimentar, e tem as suas necessidades nutricionais acima até mesmo dos seres humanos; a exemplo disso podemos mencionar que um homem adulto e sadio precisa em média de 1 grama de proteína para cada quilo de peso vivo por dia para manter-se vivo, é também sabido que o peso seco do corpo humano é constituído de 75% de proteína; no caso de um cão adulto e sadio essa necessidade quadruplica, pois a sua necessidade\quilo\dia é de aproximadamente 4.4g de proteína, e seu peso seco em proteína é de apenas 60%, o que quer dizer que um cão necessita de quatro vezes mais proteína por quilo de peso vivo , para manter 20% a menos de massa muscular em relação ao homem.( Earl Mindell ).
Uma dieta rica em proteínas de alto valor biológico, gordura, rica em vitaminas e minerais, baixa em carboidratos e destituída de proteínas de origem vegetal é o que requer o organismo de um animal carnívoro (Animal Nutrition - Vol. 2 ).
A despeito dessas informações, hoje o cão é alimentado particularmente com largas quantidades de alimentos de origem vegetal, o que é motivado inclusive pelas indústrias de rações, que assumem abertamente que não fazem rações para carnívoros e sim para onívoros, desrespeitando assim a natureza e fisiologia do cão, talvez por isso uma importante revista da área, a “Alimentos Balanceados para Animales” comentou que cerca de 48% do alimento produzido para rações industriais é de baixa qualidade nutricional.
O comentário de alguns colegas que alegam que o cão é onívoro e consegue digerir o amido, tendo como exemplo que quando os cães selvagens atacam sua presa (geralmente um herbívoro) se deliciam com o conteúdo do estômago e intestinos que estão com alimentos de origem vegetal, pode ser impreciso se lembrarmos de observar que tudo o que está dentro do aparelho digestivo, já sofreu ação enzimática, isto é, já está digerido, não requerendo do carnívoro uma eventual digestão desse material; além do que, nunca se viu um cão procurando naturalmente dentro de um milharal, uma espiga de milho, ou numa plantação de batatas ou etc. qualquer alimento vegetal para saciar a sua fome. Ainda que se dê alimentos vegetais como o Milho, feijão ou outro cereal qualquer para comer, perceberemos posteriormente em suas fezes, estes elementos intactos, provando também assim, que não conseguem digerí-los.
Em resumo, ao longo dos anos tem sido criada uma falha nutricional nos cães, a qual precisa ser corrigida.
Desafortunadamente, essas informações não são fáceis de atingir os profissionais da área ou até mesmo o consumidor final, por causa da grande influência que as indústrias de alimentos para cães e gatos exercem sobre a formação de opiniões e sobre o mercado consumidor com campanhas publicitárias e literaturas desenvolvidas para essa finalidade,que defendem apenas os interesses de alguns.
Basta abrir a boca de um cão e observar a anatomia de seus dentes, e estudar sobre sua inteira estrutura, psicologia e trato digestivo para descobrir que ele é um predador nato, e seu organismo é um perfeito processador de carne. Em todas as espécies de animais é ao nível do intestino delgado que se encontram reunidas as condições mais favoráveis à absorção de nutrientes. O epitélio da mucosa intestinal representa uma superfície considerável que se avalia em 12 m2 no cavalo, 17 m2 no boi, 2,8 m2 no porco eapenas 0,5 m2 no cão, mais uma característica que o enquadra entre os carnívoros (Animal Nutrition - Vol. 1).
Um outro fator a ser levado em conta, é que pesquisas realizadas pelo doutor Oscar V. Machuca no Equador, apontaram que alimentos manipulados industrialmente com alto teor de carboidratos podem ter muitos fatores desfavoráveis em seu complexo molecular que podem apresentar uma estrutura estereoquímica inadequada para ser aproveitada pelo organismo, porque seus gradientes termodinâmicos não são apropriados para as transformações necessárias a uma perfeita absorção, uma vez que a alimentação atual do cão se encontra saturada de carboidratos (gelatinizados ou não) e estes energéticos podem impedir a assimilação de determinados aminoácidos existentes nas proteínas, além de minerais, pelo seguinte motivo : os radicais cetônicos e aldeídos da glicose e da frutose, provenientes dos processos digestívos, podem se combinar com os radicais eta-aminos dos aminoácidos, formando destarte compostos inassimiláveis pelo organismo, além do que o amido pode causar irritações nas paredes do intestino do carnívoro, o que acaba por impedir uma absorção eficiente dos aminoácidos e liberando um gás de odor desagradável denominado escatol. Também o cozimento excessivo das rações pode provocar reações entre proteína-carboidrato que irão afetar a digestão (reações de Maillard).
O que realmente se faz mister é que se adote uma consciência, lançando-se mão do intelecto, instinto ou senso comum, sobre esse assunto no intuito de definir como trataremos o cão, como carnívoro, onívoro ou o que quer que seja, porque isso é o que vai determinar o modo como ele deve ser alimentado.
Concluindo, se um dia o cão vier a ser onívoro, nenhum de nós estaremos vivos para presenciar tal fato, pois a evolução das espécies em si, é morosa podendo levar centenas, ou até mesmo milhares de anos. Com vistas a essa premissa, existem então três meios racionais de corrigir o dilema criado pelas grandes indústrias que tratam o cão como onívoro e subsequentemente o alimentam como tal.
A primeira alternativa seria fazer uma comida caseira embasada de carne para alimentar o cão; uma dieta assim careceria de conhecimentos técnicos e pesquisas sobre tudo o que envolve o uso de carne na alimentação dos cães e ainda um profundo conhecimento nutricional acerca do balanço dos minerais , além do que, seria muito dispendioso.
A segunda opção seria alimentar o cão com uma ração desenvolvida para carnívoros, que infelizmente no Brasil é impossível, todavia nos Estados Unidos a Dog Food Company (Poughkeepsie, NY 914 473-1903) produz ração para cães segundo esses critérios.
A terceira opção é tentar transpor essas deficiências inerentes à nutrição comercial através do uso de suplementação complementar desenvolvida pela zootecnia para essa finalidade, ou seja, através do uso de pequenas quantidades de proteínas nobres concentradas, e de alto valor biológico e aminoácidos selecionados, além de vitaminas e minerais que através do seu sinergismo criam um padrão nutricional ótimo na alimentação canina a qual aumenta a qualidade do arraçoamento total.
Temos certeza de que é possível chegar-se a um denominador comum a respeito da suplementação alimentar para cães e gatos, a despeito das grandes indústrias insistirem que não é preciso; pois não existe em nenhuma área de nutrição animal profissional o conceito de que apenas a ração pode oferecer tudo o que o organismo animal requer. Todo pecuarista sabe que os bovinos se alimentam de pasto, ração e suplementos, o mesmo acontece com criadores profissionais de suínos, cavalos ou aves. Somente no meio Pet (animais de estimação) se criou este conceito errôneo de que a ração pode oferecer tudo !
ZOOTEKNA sabe que é apenas uma questão de tempo para que venha a tona, as falhas nutricionais oriundas de uma alimentação inqualificada, e lembra que uma alimentação saudável e balanceada é muito facilmente encontrada nos livros e nos compêndios de nutrição, mas dificilmente no comedouro do animal, que vivencia diferentes situações fisiológicas ao longo de sua vida, por exemplo, um filhote e uma cadela prenhe ou lactante precisa , muito mais do que um adulto em fase de manutenção.
Basta passar um pente fino no histórico da rações para descobrir que existe alguma informação divergente, principalmente no tocante aos teores de proteína necessários a boa manutanção da saúde canina, pois começaram com 16%, logo passaram para 18%, depois para 21%, em seguida para 28%, e hoje já estão em 36%. E mesmo assim, convém frisar que os teores utilizados são de Proteína Bruta e não de Proteína Digestível.
É preciso lembrarmo-nos de que apenas há alguns anos atrás a medicina humana também pregava a não suplementação para homens, mulheres e crianças, afirmando que uma alimentação balanceada viria a suprir todas as deficiências, hoje entretanto, a mesma ciência diz ser de vital importância uma suplementação adequada, que vem de encontro as exigências de um organismo saudável, e é imprescindível para a manutenção da saúde e prevenção das enfermidades.
PROTEÍNAS
A proteína é uma necessidade vital, não só na dieta do homem, mas de todos os seres vivos. Porém os organismos dos animais, na realidade, não utilizam a proteína em sí, mas as enzimas do estômago “quebram-na " liberando os aminoácidos, estes sim, assimiláveis pelo intestino para exercer inúmeras funções no corpo.
É óbvio notar que as proteínas são então formadas por aminoácidos (um total de 23) que combinados entre sí formam todas as proteínas nutricionais que existem.
A proteína exerce a chamada função plástica, ou seja, construção de músculos, nervos, tecidos etc; bastando mencionar que em cada célula, há presença da proteína.
Os cães e gatos também precisam de proteínas em sua alimentação para então obter os aminoácidos que seus organismos não conseguem sintetizar no rítmo adequado para um ótimo rendimento metabólico.
Dos 23 aminoácidos já mencionados, 12 são tidos como essenciais, ou seja, ao contrário dos outros 11 (não essenciais) não são sintetizados no corpo deles, mas precisam ser obtidos diariamente através dos alimentos ou suplementos.
______________________________CONHECENDO OS AMINOÁCIDOS
(Os essenciais estão assinalados com asterístico.)
Alanina, Arginina*, Asparagina, Ácido Aspártico, Carnitina, Cisteína, Cistina*, Glicina, Ácido Glutâmico, Glutamina, Histidina*, Isoleucina*, Leucina*, Lisina*, Metionina*, Prolina, OOOOO Ornitina, Fenilalanina*, Treonina*, Taurina, Triptofano*, Tirosina* e Valina*. (Obs.: Taurina é essencial para felinos )
Cada um dos aminoácidos essenciais e não essenciais, são nutricionalmente independentes uns dos outros ( com excessão da Cistina e Tirosina, que podem ser formados respectivamente através da Metionina e Fenilalanina).
Fica desde já esclarecido que o fato de alguns aminoácidos receberem a classificação de não essenciais; não significa que não sejam importantes na dieta diária, pois a ausência de apenas um deles, mesmo que seja por pouco tempo, poderá afetar de modo diverso a síntese protéica, prejudicando destarte, o sensível equilíbrio que o organismo precisa para manter sua integridade.
Entendemos então que a ausência ou insuficiência de determinado aminoácido prejudicará a eficácia e função dos outros.
Observe na próxima página a tabela das necessidades diárias em cães:
NECESSIDADES NUTRICIONAIS DIÁRIAS NO CÃO DE TAMANHO MÉDIO (Segundo National Research Concil - NRC) ElementosKg. de peso / dia ElementosKg. de peso / dia PROTÍDIOSIsoleucina71.0 mg(Proteínas) 4.500 mgLeucina 106.0 mg . LIPÍDIOSLisina88.0 mg(gorduras)mín. 1.500 mgFenilalanina51.0 mg GLICÍDIOSTirosina35.0 mg(açúcares)6.000 mgMetionina16.0 mgTreonina44.0 mgCALORIAS71.5 kcalTriptofano13.0 mgVITAMINASValina66.0 mgA100 UISAIS MINERAISB10.018 mgCálcio266.00 mgB20.040 mgFósforo222.00 mgB60.022 mgFerro1.33 mgB120.66 mcgCobre0.16 mgÁcido Fólico0.0045 mgCobalto0.05 mgÁcido Pantotênico0.051 mgSódio147.00 mgNiacina0.244 mgPotássio222.00 mgColina33.0 mgMagnésio11.00 mgBiotina(não há estudos)Manganês0.11 mgAMINOÁCIDOSZinco0.11 mgArginina48.0 mgYodo0.03 mgCistina33.0 mgCloreto de Histidina22.0 mgSódio378.00 mg
É evidente que esta é uma tabela de índices flexíveis, tendo em vista que estas necessidades mudam conforme cada fase da vida do cão.
Por exemplo; um filhote de até 6 meses, não se mantém saudável com os listados 4.5 g. para cada quilo de peso ao dia, porque seu metabolismo exige 8.9 g., quase o dobro (Earl Mindell) e uma cadela em fase de amamentação pode requerer até 13,5g/quilo, que devem ser interpretados como parâmetros básicos das necessidades que muitas vezes expressam apenas o gasto energético mínimo dos processos autônomos do organismo, que são representados pelas reações endo e exotérmicas, isto é, de um animal em estado de pós absorção em repouso e em ambiente térmicamente neutro, que devem servir de parâmetro para cada caso.
________________________________________NÍVEIS IDEAIS DE PROTEÍNA
As rações comerciais, são formuladas partindo-se de cálculos energéticos e não protéicos.
As necessidades proteícas em rações comerciais baseiam-se apenas em um mínimo necessário como no caso de animais de produção, levando-se em conta os cálculos da tabela abaixo:
Necessidades Proteícas Alimento Kcal EM/Kg = 3.820 PB = 25% Energia Metabolizada de 1% de proteínas = 40 Kcal Proteína expressa em função do EM: PB/EM = 25 x 40 / 3.820) x 100 = 26.2%
A tabela acima mostra que para cada 3.820 Kcal para Energia Metabolizável (EM) deve ter algo em torno de 25% de Proteína Bruta (PB) para atender as necessidades mínimas.
Convém lembrar que Proteína Bruta não se traduz por Proteína Digestível.
Acontece que nosso objetivo não deve se limitar apenas ao de atender as exigências básicas do indivíduo, devemos ir além se quisermos assegurar uma boa saúdevisando sua longevidade .
Segundo as pesquisas concluídas em 1989 por KRONFELD, obtem-se melhores resultados em cães que foram alimentados com uma dieta entre 40 a 60% de proteína em seu arraçoamento diário.
Conforme gráfico abaixo abaixo:
 *1 - 25 % de Proteína *2-acima de 65 % de Proteína *3- de 40 a 60% de Proteína
O grupo recebeu em média 50% de proteína mostrando-se melhor em todos os aspectos ao contrário do grupo 1 que recebeu apenas o necessário (25%) e o grupo 2 o qual recebeu proteína em excesso em média 70%.
Todavia, mesmo nos animais suplementados com excesso de proteína, verificou-se que o cão parece tolerar bem teores elevados devido ao fato de ser um carnívoro. Ao que parece todo o excesso de proteína o aporte de Nitrogênio extra foi utilizado na produção de energia sem nenhuma consequência desagradável.
Concluíu-se que nos carnívoros há uma adaptação enzimática que permite uma utilização normal das proteínas no metabolismo energético. Notou-se que os aminoácidos oriundos da proteína em excesso são catabolizados no fígado e transformados após desaminação, em amônia e glicose. A Amônia é transformada em uréia pelo Fígado (ciclo da detoxicação da Amônia ou da Arginina), sendo a seguir veiculada pelo sangue e eliminada passivamente pelos rins. Já a glicose é usada diretamente no metabolismo energético.
Já em 1979 Bovee e Kronfeld concluíram que o aumento proteíco no arraçoamento diário proporcionava uma resposta imunológica maior à uma infecção experimental.
Em trabalhos realizados por Burns desde 1982 ficou claro que dietas com teores crescentes de proteína fazem o ganho de peso se estabilizar, porém mantém crescente a retenção de Nitrogênio promovendo o anabolismo e fazendo com que o organismo animal continue a tirar proveito de níveis proteícos superiores.
Outros trabalhos como o de Paquin (1979) confirmou que o aumento do Balanço de Nitrogênio é alcançado com dietas de aporte proteíco na ordem de até 49% da EM.
O NRC e suas recomendações proteícas permitem apenas o crescimento ou a manutenção em condições experimentais a um custo mínimo, porém este não é o nosso objetivo, haja vista que quando trabalha-se com o mínimo, o organismo não dispõe de reservas proteícas para a indispensável manutenção das funções vitais necessárias à boa saúde.
Já em 1987 Shofer provou que um aporte proteíco alto pode aumentar a sobrevida de cães enfermos em até 75%.
kRONFELD também apresentou um quadro do que seria a Zona Ótima das necessidades Proteicas conforme abaixo:
FASE PB/EM Manutenção ............................. até 65% Crescimento, Reprodução .......... até 50% Atividade / Stress ..................... até 40%
QUADRO DE FUNÇÕES PROTÉICAS
· SÍNTESE DE OUTRAS PROTEÍNAS E SUBSTÂNCIAS CELULARES · PROMOVER CRESCIMENTO EFICIENTE E MANUTENÇÃO DO CORPO · PARTICIPAR DOS MECANISMOS DE DESINTOXICAÇÃOAS PROTEÍNAS QUANDO INGERIDAS PELOS CÃES E GATOS · SÍNTESE DOS ÁCIDOS NUCLEICOS (DNA / RNA) PARA TRANSMISSÃO DE CARACTERES HEREDITÁRIOSCONTRIBUEM PARA: · ATIVAR E FAZER MANUTENÇÃO DO SISTEMA RETÍCULO ENDOTELIAL (SISTEMA IMUNOLÓGICO) · REGULAR A TROCA HÍDRICA ENTRE TECIDOS E PLASMA · TRANSPORTAR OUTROS NUTRIENTESQuando os animais precisam de mais proteínas ?
· Quando fizer treinamentos intensivos ( Musculação, Natação, Agility, etc. )
· Quando se alimentar com ração industrializada (de baixo valor biológico **)
· Quando a temperatura ambiente for alta
· Padreadores quando forem acasalar
· Quando estiver em gestação (necessidade proteíca x2)
• Quando estiver amamentando (necessidade protéica x3)
· Quando for filhote (maior necessidade de retenção de Nitrogênio)
· Quando for obeso *
(* com redução de carboidratos, gordura saturada e aumento de fibras e água. )
(** que contenham proteínas de origem vegetal)
O Opti Grow
OPTI GROW em Tabletes Mastigáveis é um produto que foi desenvolvido com a finalidade de oferecer, dentre outras coisas, condições favoráveis de anabolismo natural ao organismo do cão, de modo a substituir o uso de esteróides anabolizantes que apresentam mais de cem efeitos colaterais nocivos e até mesmo letais.
ZOOTEKNA tem tido essa preocupação pois tem acompanhado o fato de que já há algum tempo, porém, com maior destaque para os dias de hoje, o uso de Esteróides Anabolizantes em animais domésticos vem ganhando projeção.
Os Esteróides Anabolizantes na sua maioria são derivados sintéticos do Hormônio Masculino, a Testosterona, e seu efeito benéfico estaria na capacidade de estimular a concentração de hemoglobina, aumentar a produção de glóbulos vermelhos e promover retenção hídrica; todavia ao longo dos anos esse produto químico tem apresentado inúmeros inconvenientes, na forma de efeitos colaterais extremos e variáveis (American College of Sp. Medicine.) entre os quais relataremos os mais frequentes:
· Alguns animais passaram a apresentar exaustão pancreática e falha renal com o uso de Esteróides Anabolizantes ( Research C. of Marscille).
· O Colgan Institute tem associado o uso de Esteróides Anabolizantes a lesões no fígado ( eleva as enzimas hepáticas TGP e TGO.) proporcionando o aparecimento de câncer no fígado e doenças degenerativas nos rins e na próstata.
· O Journal of The Med. Association alega que o uso de Esteróides causa problemas no músculo cardíaco.
· O uso de Esteróides Anabolizantes, gera imbalanços críticos de nutrientes no organismo do animal (Researchs C. of Marscille ), na França foram efetuados estudos e testes em 40 nutrientes básicos ingeridos regularmente, antes e durante o uso dos Esteróides, e mostraram que durante o uso há um imbalanço crítico negativo de: Tiamina (B1), Piridoxina (B6), Ácido Pantotênico (B5), Vitamina A, Cianocobalamina e Cobamamida (B12), Cálcio, Fósforo, Potássio, Cromo e Manganês. Foi notificado que o Betacaroteno (Formador da Vitamina A) não era absorvido e sim bloqueado, impossibilitando a atuação desta vitamina e prejudicando o balanço das outras; o Cromo que é essencial para a formação da insulina, não era absorvido nem mesmo de suplementos, gerando bruscas oscilações glicêmicas no organismo, primeiramente extremamente altos e em seguida extremamente baixos, prejudicando todo o metabolismo energético e sinergismo nutricional.
· A Universidade de Ausburn associa o Esteróide a mudanças de comportamento, por que produz maior hostilidade e irritação.
· Esteróides Anabolizantes são antagônicos às funções normais do organismo (M. Mag)
· O Manual MERCK, associa o uso de Esteróides com a Síndrome de Feminilização dos Machos.
· O uso de Esteróides pode causar esterilidade das fêmeas (M. Mag)
Por tudo isso, talvez pareça lógico que adotar o caminho natural para desenvolver o potencial muscular dos cães, pareça ser o único meio racional de fazê-lo. A ZOOTEKNAusa toda a ciência da otimização metabólica nutricional, o que aliada ao potencial genético e atividade física do indivíduo, determinarão o sucesso do desenvolvimento físico, dando um basta definitivo às drogas de anabolismo sintético.
OPTI GROW em Tabletes Mastigáveis é o resultado de anos de pesquisas da ciência nutricional com vistas à otimização da performance muscular que avaliando os valores biológicos, isto é, a eficiência da digestibilidade dos alimentos descobriu que nem todas as proteínas absorvem da mesma maneira nos organismos, observe o quadro abaixo:
ESCALA DE QUALIDADE PROTÉICA E SUA RESPECTIVA ABSORÇÃO
(CRC-Handbook of Nutricional Suplements)
BAIXA ABSORÇÃO Gelatina....... (Absorção negativa) Milho....................................... 18% Amendoim............................... 25% Soja......................................... 35% Arroz........................................45% ALTA ABSORÇÃO Carne vermelha..................... 62% Leite materno........................ 75% Farinha de Peixe................... 80% Ovo...................................... 95%
Com os relatórios divulgados nos anos 60 pela OMS que declarou que o ovo seria seu alimento básico para comparação nos estudos posteriores sobre proteínas e aminoácidos (composição, quantidade e qualidades observadas), foi então com total acerto, a proteína do ovo usada como padrão para comparação de outras proteínas; os testes comparativos mostraram que o ovo é a melhor fonte de proteína encontrada, pois o valor NPU (que define a tabela) é de 100, bem como os aminoácidos limitantes (que não estão presentes ou estão em quantidades inferiores às necessárias) não é encontrado no ovo, fazendo desse alimento como proteína, uma rica fonte e de fácil absorção pelo organismo animal.
O OPTI GROW em Tabletes Mastigáveis é composto pelo seguinte aminograma:
Aminoácidos em mg a cada 100g
Alanina ...................................... 2.463,30 Arginina*..................................... 2.329,96 Ácido Aspártico .........................4.658,85 Ácido Glutamico .......................5.205,00 Cistina ....................................... ...753,45 Glicina ....................................... 1.370,34 Histidina*.................................... ...959,00 Isoleucina*..................................2.399,00 Leucina* .................................... 3.495,27 Lisina*......................................... 2.467,00 Metionina*..................................1.507,43 Fenilalanina*.............................. 2.467,00 Prolina........................................ 1.713,00 Serina.......................................... 3.152,49 Treonina*.................................... 2.055,00 Triptofano*.................................. ..753,45 Tirosina........................................ 1.713,00 Valina*....................................... 3.358,71
(* O OPTI GROW, tem todos os Aminoácidos essenciais aos cães, mencionados no início desta apostila)
ZOOTEKNA desenvolveu o OPTI GROW, um composto que tem como base a Ovoalbumina (proteína isolada do ovo) e B.C.A.A. que são os alimentos mais nobresnutricionalmente falando, e são completamente isentos de: Colesterol (encontrado no leite comum e ovo) , Avidina (problema inerente ao ovo, que excreta a Biotina), e para preservar todas as suas propriedades benéficas foi esterilizada por energia ionizante ( g), sendo ainda uma fonte natural de Aminoácidos de cadeia ramificada (B.C.A.A.), tecnologia largamente utilizada por atletas, na construção muscular, os B.C.A.A.contribuem com até 35% da manutenção e crescimento muscular.
OPTI GROW em Tabletes Mastigáveis...............................Apresentação em frascos com 400 gramas.
Atenção!!! : No mercado nutricional, não existe nada que se possa comparar ao OPTI GROW!
___________________________DETALHES FUNCIONAIS SOBRE O MODO QUE ALGUNS
AMINOÁCIDOS DO OPTI GROW ATUAM NO TECIDO MUSCULAR DO CÃO.
ISOLEUCINA - É um aminoácido de cadeia ramificada; porque é relativamente não polar, normalmente é encontrado nas proteínas globulares que formam os músculos. Através de vários processos a Isoleucina participa também dos ciclos de produção de energia.
LEUCINA - Também de cadeia ramificada, é um importante regulador da síntese protéica e previne o catabolismo do tecido muscular, além de ser utilizado como substrato para produção de energia.
VALINA - O terceiro do grupo B.C.A.A. pode ser desaminado pelo ácido alfa-óxido-isovalérico para produção de energia (que ocorre em outros processos). Ajuda a transportar para o cérebro do animal alguns precursores de substâncias neuro-transmissoras, como o Triptofano e a Tirosina.
ÁCIDO ASPÁRTICO - Esse aminoácido é o precursor de uma série de compostos importantes no organismo, incluindo Asparagina, Purinas e Pirimidinas, sendo esses últimos parte integrante dos ácidos nucléicos (DNA e RNA), os quais são os compostos que contém as informações genéticas nas células, que inclusive podem promover o crescimento muscular.
______________________________Conheça os outros nutrientes do OPTI GROW.
(Mg em cada 100g do produto)
VITAMINAS Ácido Fólico (M)............................ 12 Ácido Pantotênico (B5)................ 1,9 Biotina (H)............................(mcg) 53 Colina ............................................ 9 Inositol .......................................... 31 Niacina (B3)................................... 71 Piridoxina (B6)................................ 16 Riboflavina (B2)............................ 2,2 Tiamina (B1).................................... 9MINERAIS Cálcio............................................ 78 Cloro......................................... 1.349 Cobre............................................ 16 Enxofre...................................... 1.263 Iodo............................................... 2 Ferro............................................ 1.09 Fósforo......................................... 171 Magnésio...................................... 84 Manganês....................................... 5 Potássio..................................... 1.163 Sódio......................................... 1.279 Zinco.............................................. 93
OPTI GROW é então composto de Ovoalbumina esterilizada e Lactoalbumina contendo aminoácidos de cadeia ramificada (B.C.A.A.), em Tabletes Mastigáveis de altíssimo teor protéico e de alta digestibilidade, 100% natural e sem contra indicações.
_______________________________O OPTI GROW é indicado para:
· Filhotes após o desmame; faz a manutenção do sistema imunológico que carece de proteínas nobres até que o intestino do filhote esteja adaptado à alimentação sólida, como não requer digestão o OPTI GROW não provoca diarréias.
· Cães que apresentam falhas nutricionais (que se alimentam com rações de baixo valor protéico ou baixo valor biológico).
· Cães recentemente infestados por vermes (debilitados nutricionalmente em função do parasitismo)
· Cães que apresentam baixa tonicidade muscular.
· Cães de exposição ou em fase de treinamento.
· Cadelas prenhes, principalmente no último terço da gestação.
· Cadelas em fase de aleitamento, onde as necessidades protéicas triplicam.
· Cães idosos com problemas do aparelho digestivo (deficiência de absorção).
· Cães que praticam coprofagia (mal hábito de ingeriri fezes).
· Cadelas que apresentam Agalactia (falta de leite).
· Cadelas que praticam canibalismo da ninhada.
___________________________________________SUGESTÃO DE USO:
OPTI GROW Tabletes Mastigáveis
· Raças pequenas: 4 Tabletes Mastigáveis / dia
· Raças médias: 6 Tabletes Mastigáveis /dia
· Raças grandes: 8 Tabletes Mastigáveis /dia
· Raças gigantes: 10 Tabletes Mastigáveis / dia
· Cadelas Prenhes...........1 ½ vez a dose diária recomendada
· Cadelas Lactantes.......... 2 vezes a dose diária recomendada

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