sábado, 19 de fevereiro de 2011

maus tratos a animais é broibido

A crueldade sem limite da farra do boi e dos rodeios
Farra do boi

O estado de Santa Catarina é conhecido por promover um dos piores espetáculos de crueldade contra animais, a Farra do Boi, que ocorre na Semana Santa. Nela, as pessoas se divertem ao colocar o animal para correr pelas ruas, e lhe distribuindo pauladas, esfaqueamentos e outros atos de terror.

A Arca Brasil recebeu denúncias de que a prática não está mais restrita somente àquela época do ano. Pelo contrário, tem acontecido com certa freqüência. Roberto Borges, gerente nacional de organização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) esteve quatro dias em Santa Catarina investigando este tipo de 'diversão'. Ele preparou um relatório sobre o assunto, entregue à coordenação nacional em Brasília (DF), para que medidas urgentes sejam tomadas contra esta prática.

Algumas organizações não-governamentais, como a Arca Brasil, chegam a cogitar a organização de um boicote turístico nacional e internacional à Santa Catarina, para servir como forma de pressão e combate à farra do boi naquele estado.

Rodeios



Imagem cedida pela Aila
Irvênia Prada, médica veterinária da Faculdade de Veterinária da Universidade de São Paulo afirma que em um rodeio, 'não ocorre apenas a 'sensação' de dor orgânica, como também o sofrimento mental, emocional, porque os animais se sentem ameaçados e perseguidos.'

Antes do rodeio acontecer, bois, cavalos e bezerros sofrem agressões que, muitas vezes, não são de conhecimento do grande público. Há um lado cruel nesta festa. Os animais expostos nas arenas são forçados a se comportar de maneira violenta, não natural. Ferramentas de tortura são usadas para enfurecer o bicho. Além das competições, que prejudicam a integridade física do animal e que podem levá-lo à morte, práticas de tortura são usadas para enfurecê-lo.
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Vídeo cedido pela AILA
Muitos defensores dos rodeios argumentam que os animais utilizados não são submetidos a maus-tratos. Por mais cuidados que eles possam receber, eles estão sendo perseguidos e expostos à tortura.

Veja o que acontece nas principais competições de um rodeio:
Laçada de bezerro: animal de apenas 40 dias é perseguido em velocidade pelo cavaleiro, sendo laçado e derrubado ao chão. O resultado de ser atirado violentamente ao chão pode causar a ruptura da medula espinhal, ocasionando morte instantânea, ou a ruptura de diversos órgãos internos, levando o animal a uma morte lenta e dolorosa.
Laço em dupla/'team roping': dois cowboys saem em disparada, sendo que um deve laçar a cabeça do animal e o outro as pernas traseiras. Em seguida os peões esticam o boi entre si, resultando em ligamentos e tendões distendidos, além de músculos machucados.
Bulldog: dois cavaleiros, em velocidade, ladeiam o animal que é derrubado por um deles, segurando pelos chifres e torcendo seu pescoço.
Algumas das ferramentas usadas em rodeio
Agulhadas elétricas, pedaço de madeira afiado, ungüentos cáusticos.
Sedem ou sedenho: artefato de couro ou crina, amarrado ao redor do corpo do animal (sobre o pênis ou saco escrotal), que é puxado com força no momento em que o bicho sai à arena. Além do estímulo doloroso, pode também provocar rupturas viscerais, fraturas ósseas, hemorragias subcutâneas, viscerais e internas. Dependendo do tipo de manobra e do tempo em que o animal fique exposto a tais fatores pode-se evoluir até a morte.
Objetos pontiagudos: pregos, pedras, alfinetes e arames em forma de anzol são colocados nos sedenhos ou sob a sela do animal.
Peiteira e sino: consiste em uma corda ou faixa de couro amarrada e retesada ao redor do corpo, logo atrás da axila. O sino pendurado na peiteira estressa o animal pelo barulho que produz à medida em que ele pula.
Esporas: às vezes pontiagudas, são aplicadas pelo peão tanto na região do baixo-ventre do animal como em seu pescoço, provocando lesões e perfuração do globo ocular.
Choques elétricos e mecânicos: aplicados nas partes sensíveis do animal antes da entrada à arena.
Golpes e marretadas: na cabeça do animal, seguido de choque elétrico, costumam produzir convulsões e são o método mais usado quando o animal já está velho ou cansado.

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